Domingo de manhã (já não é bem manhã mas, como é Domingo, as manhãs podem considerar-se mais compridas e estender-se até para lá do meio-dia). Disseram que o tempo ia piorar mas podem ter-se enganado. Olho para as frinchas da persiana à procura do pedaço de azul que me vai dar alento para sair da cama mas, na penumbra, os meus olhos não conseguem perceber nada e deixo-me a debater a dúvida até não aguentar a curiosidade.

Mal abro a porta, já sei que me espera o Paco a espreguiçar-se do outro lado. Igual a todos os dias. Tenho que parar dez minutos para lhe dar beijos, abraços e mimos sob pena de um amuo, com direito a brincos espalhados, formas pelo chão e trincas nos tornozelos.

A janela da sala diz-me o que queria saber e, apesar de algumas nuvens cinzentas, o céu não deixa margem para dúvidas: Foi um engano. Por momentos, fico confusa e, enquanto converso com o Paco, oscilo entre o plano para ficar na cozinha e o esperado e inesperado convite para sair…

Vou ficar a fazer bolos. Pré-aqueço o forno, pego no meu Paco e levo-o para a cama. Vai ser um dia de amor, não importa.

Para cerca de 4 pessoas:

125 g de farinha de trigo T65 Uma pitada de sal fino 30 g de açúcar 7 g de fermento 30 g de manteiga 1 ovo 80 ml de leite

25-30 g de passas de uva

Pré-aquecer o forno a 180º C. Untar com manteiga e polvilhar com farinha uma forma com cerca de 18 x 8 x 6 cm. Numa taça, misturar a farinha com o sal, o açúcar e o fermento. Juntar a manteiga e trabalhar a massa com os dedos até obter uma mistura granulosa. Numa tijela, bater o leite e o ovo. Juntar os ingredientes líquidos aos ingredientes secos e misturar até que fique uma massa homogénea. Juntar as passas e misturar bem. Colocar a massa na forma. Cozer durante cerca de 25- 30 minutos ou até que um palito inserido no centro saia seco e apresente uma crosta levemente dourada. Retirar do forno, desenformar e servir cortado às fatias.