“Os aromas misturados do chocolate, da baunilha, do cobre aquecido e da canela, são embriagantes, poderosamente sugestivos; o acre odor terroso das américas, o ardente resinoso da selva tropical. Assim é como viajo actualmente, como os Aztecas nos seus rituais sagrados”

Joanne Harris, Chocolat, 1999

Finalmente tenho um bocadinho de tempo para publicar as minhas trufas.

Estas trufas, ao estilo francês, consistem numa ganache de chocolate polvilhado com cacau.

As trufas receberam este nome, na década de 20, pelo seu aspecto similar ao de uma trufa (fungo subterrâneo… sim… essas que se leiloam por verdadeiras fortunas!).

Para 36 trufas:

275 g. de chocolate negro – mínimo 60% de cacau (eu usei de 70%) 250 ml de nata espessa 50 g. de manteiga à temperatura ambiente

50 g. de cacau em pó para cobrir as trufas

Picar o chocolate (com uma faca ou directamente na picadora) e reservar numa taça. Ferver a nata. Verter a nata sobre o chocolate, mexendo cuidadosamente (tentando não criar borbulhas). Deixar arrefecer 2 minutos. Juntar a manteiga em duas vezes e misturar suavemente.

A ganache deve ficar lisa, brilhante e não deve ter gordura à superfície.

Refrigerar no mínimo 3 horas ou toda a noite.

Passado este tempo, retirar a ganache e preparar um prato com o cacau em pó.

Passar as mãos por cacau e formar pequenas bolas. Deixá-las cair sobre o prato com cacau e envolvê-las bem.

Voltar a refrigerar durante 1 hora, no mínimo.

O processo de bolear as trufas pode tornar-se complicado porque o chocolate se derrete facilmente nas mãos. Para mim, a forma mais simples é usar uma “colher esférica para melão”, que convém que esteja untada para que a trufa se solte bem.

Na minha opinião, estas trufas ficam melhores depois de umas horas no congelador. Quanto mais frias estiverem, menos seco parecerá o cacau. Aliás, eu congelei metade, porque além de se conservarem mais tempo, “longe da vista, longe da tentação“.