Foi num tempo que mal recordo, num tempo em que tinha demasiado tempo para que lhe desse algum valor, num tempo em que não me apercebi do enorme vazio que significa perder alguém…

Quando perdi a minha avó Leonor, perdi uma parte do meu nome e a resposta a todas as perguntas que ainda não tinha formulado.

Às vezes, e apesar de toda a minha aparente descrença, gosto de a sentir ao meu lado, do apoio que me dá em cada passo do meu caminho e do seu intuitivo “toque especial”.

Hoje, partilho os seus pastéis de feijão, com a mesma generosidade que ela teria: a melhor cozinheira do mundo.

Pastéis de Feijão:

Para 12 unidades:

Massa Tenra: 100 g de farinha de trigo 15 g de manteiga Leite q.b. (uns 50 ml)

Uma pitada de sal

Amassar tudo até que fique homogéneo.
Descansar 1 hora, tapada com film.

Recheio: 500 g de açúcar 125 g de polme de feijão branco cozido (passado e sem pele) 125 g de amêndoa moída 12 gemas

Açúcar em pó (para polvilhar)

Pôr o açúcar ao lume com um pouco de água até que alcance o ponto de espadana (117ºC e 40 Bé). Juntar o polme de feijão e ferver um pouco. Juntar a amêndoa moída e ferver um pouco mais. Tirar do lume e juntar as gemas passadas pela peneira, mexendo sempre para que não talhe. Levar de novo a lume brando, mexendo por 10 minutos.

Deixar arrefecer.

Pré-aquecer o forno a 225ºC. Estender a massa sobre uma superfície polvilhada de farinha até que fique muito fina. Forrar 12 forminhas com a massa e rechear.

Cozer sobre um tabuleiro de forno por 20-25 minutos.