Adoro maçãs e como-as quase diariamente como um elixir de saúde em que acredito piamente.

Como-as cruas, bem lavadas mas sempre com pele, já que é nessa fina capa protectora que se encontram os seus maiores benefícios e guardam grande parte do seu aroma.
Cá em casa tenho algumas variedades como Reineta, Golden, Starking, Bravo de Esmolfe e Royal Gala, vindas da quinta do Miguel em Lamego e que, estendidas em tabuleiros, vão perfumando o frigorífico com notas irresistíveis e que recordam um pecado original livre de culpas ou castigos divinos.

Nem todas as variedades de maçã são as mais adequadas para cozinhar sendo preferíveis as mais ácidas e de polpa mais firme mas, quando ficam demasiado maduras, há sempre receitas que as fazem brilhar e, entre doces e salgados, as possibilidades são tantas que não há margem para desperdícios.

Ontem, este bolo fez renascer algumas maçãs e, polvilhado de canela, inebriou a tarde de garfadas quentes, doces e reconfortantes…

Para cerca de 6 pessoas:

Bolo 75 g de manteiga amolecida 175 g de farinha com fermento 50 g de açúcar em pó 1 ovo

75 ml de água

3 maçãs reinetas descascadas, descaroçadas e partidas em fatias grossas(cerca de 350 g)

Cobertura 60 g de açúcar mascavado claro 1 colher de chá de canela moída

25 g de manteiga

Pré-aquecer o forno a 180º C. Untar com manteiga e forrar com papel vegetal uma forma com cerca de 20 cm de diâmetro. Misturar a farinha com a manteiga numa taça e trabalhar com a ponta dos dedos até obter uma massa granulosa. Juntar o açúcar e misturar bem. Incorporar o ovo e a água até que esteja uma massa cremosa. Espalhar a massa no fundo da forma. Colocar as fatias de maçã sobre a massa, prensando-as ligeiramente. Cobrir com o açúcar mascavado, a canela e espalhar pequenos pedaços de manteiga por cima. Levar ao forno por cerca de 30-35 minutos. Retirar do forno e deixar arrefecer ligeiramente antes de desenformar.

Servir o bolo morno ou frio.